sexta-feira, 26 de março de 2010

Praia da Estação

6 de março, sábado de sol em Belo Horizonte, o céu azul sem nuvens mantinha o calor que quase não permitia calças compridas. O dia celebrava a “ocupação” da Praça da Estação no centro da capital sem chuva, definitivamente. Um pequeno grupo de pessoas vestidas de trajes de banho carregando cadeiras de praia e caixas de isopor se amontoavam em baixo da única árvore da praça para protestar conta a proibição de realizações de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação. Acompanhados de seus cachorros e filhos, alguns deles jogavam peteca e pintavam o corpo, os escritos davam força ao grito de guerra “Ei polícia a praia é uma delícia”, “Ei Lacerda seu decreto é uma merda”. O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda assinou no dia 9 de dezembro de 2009 o decreto de nº 13.798 que proibiu, a partir de 1º de janeiro de 2010 a ocupação da praça, o motivo se baseava em depredação do patrimônio público e dificuldade de garantir a segurança pública devido ao numero incerto de pessoas que o frequentavam. Mas, para os manifestantes, Belo Horizonte não poderia se privar de um espaço cultural como a praça e pela internet conseguiram organizar um movimento sem líderes, mas cheio de fôlego.
A polícia de canto observava a pequena multidão com um olhar desconfiado e ao mesmo tempo calmo. Olhar provavelmente já acostumado com manifestação, que vem se repetindo todos os sábados desde o início do ano.
De repente, na parte da tarde, alguns dos “banhistas” se levantaram e começaram um batuque que ecoava o som de longe, tambores, gritos e faixas concretizavam e apoiavam o manifesto. Foi então que as fontes da praça finalmente ligaram, fato que não acontecia desde o inicio do manifesto, fato que todos estavam ansiosos para desfrutar. Os gritos eram de arrepiar, a correria em volta da fonte também, de roupa ou de biquíni, todos pulavam molhados em voltada da fonte.
O mar parecia ter chegado nas Minas Gerais, a Praça da Estação de longe parecia mesmo uma “Praia da Estação” e de perto mais ainda.

Algumas fotos tiradas por mim na praça, o programa de edição que eu usei foi o Adobe Photoshop CS3, a ediação foi bem simples.(para ver maior é só clicar em cima delas):



Um bom final de semana, aproveite esse sábado para vestir seu melhor maiô e dar uma passadinha na Praia de BH.

domingo, 14 de março de 2010

Dica do Gengibre


Olá gente, eu adicionei mais um novo Gadget para o blog, a "Dica do Gengibre".
Pra quem não sabe, o Gengibre é um site super legal aonde você pode fazer seus próprios aúdios e sair por aí divulgando para seus amigos. É só fazer um cadastro super rápido! Vai lá aliviar a garganta.
Então, toda vez que tiver alguma coisa bacana rolando, o gengibre vai contar para vocês aqui no nuncasubiemárvores.
A dica de hoje é para todos os alunos estudantes de Comunicação Social da PUCMinas, ouça e confira!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Quem me dera ser um peixe para em teu límpido hipertexto navegar


Em 1990, no dia 2 de julho, quando todas as melhores bandas do mundo já tinham acabado e quando as piores bandas do mundo estavam começando, eu nasci. Na infância, aos 6 anos, quando eu descobria a diferença entre SS e Ç, chegava lá em casa o nosso primeiro computador. A atração principal, para mim, era a proteção de tela de peixinhos que nadavam de um lado para o outro. Para os meus pais, o status de ter um computador com internet era bem maior do que a tela de peixinhos que nadavam de um lado para o outro. A ironia é que a gente quase nunca se conectava à rede, exceto quando a empresa que meu pai trabalhava mandava algum e-mail sobre horários de reuniões.
De certa forma, hoje é fácil analisar o nosso pouco acesso à internet na época. Desenvolvida com uma característica institucional, os recursos que ela fornecia eram praticamente básicos, pouco direcionados ao leitor. Os seus sites eram estáticos, não permitiam uma interação com visitante. Ou seja, o conteúdo era definido, sem opção de modificações ou postagens de comentários dos internautas. Essa é a fase da internet que tratamos como Web 1.0.
Minha geração, conheceu o outro lado da moeda. Apesar de ter aproveitado todas aquelas melhores bandas do mundo, nós podemos compartilhar através redes sociais todos os dicos que perdemos pelas décadas e ao mesmo tempo podemos produzir nossos próprios discos e ainda divulgá-los, já que a Web 2.0 possibilita com que o internauta não seja apenas consumidor, mas também produtor de contéudo. Essa nova fase da internet talvez economize dinheiro, tempo e conversa. Talvez, nos afaste das lojas de discos, do contato pessoal e do show de rock n' rool.
Um dos artíficios da Web 2.0 que deixa a internet mais dinâmica, chamamos de Link. Com ele, o internauta não se limita apenas a um texto ou a uma idéia. Suponhamos: Um beatlemaníaco está lendo na internet sobre a morte de John Lennon, descobre que o assasino do beatle por acaso lia o livro "O Apanhador no Campo de Centeio", e através de um link como esse, o internauta deixa o assunto "Beatles" e parte para "literatura". Isso nos mostra que o link possibilita ao internauta navegar pela rede sem limitação de conteúdo. Um exemplo mais concreto é o microblog Twitter.
As redes sociais são a melhores maneiras de ilustrar a Web 2.0, já que ela agrupa a maioria das características: Atualização constante, reunião de pessoas por afinidade de assunto, links para vídeos, fotos, músicas e sites.
Mas, com todas essas possibilidades de navegações por conteúdos diferentes o beatlemaníco citado acima, sempre vai querer saber sobre Os Beatles. Portanto, não adianta a tecnologia nos permitir acesso a um conteúdo ilimitado de informações se nossos gostos, nossa personalidade e nossos interesses forem limitados.
Até hoje, minha proteção de tela tem peixinhos que nadam de um lado para o outro.